Você sabe diferenciar o comportamento não verbal de uma pessoa que está chorando de verdade de uma pessoa que está fingindo que está chorando? Seria possível alguém forjar um choro falso? O especialista em Linguagem Corporal Vitor Santos fez a análise de um vídeo do choro de Abner Pinheiro ao descobrir que não era pai biológico do filho. Ele chorou de uma forma bem exagerada e a internet o acusou de estar fazendo “Choro Falso”, será mesmo? O que a linguagem corporal dele pode nos mostrar sobre isso?

Hoje vamos falar de pontos que mostram comportamentos de falsas reações emocionais, observando o caso de Abner Pinheiro que acabou divulgando um vídeo em seu Instagram ao vivo em tempo real a descoberta de que Apolo não era seu filho biológico, em meio a gritaria e choradeira ele acelera ao carro, e faz um drama Mexicano, amassa o papel do resultado de exame soltando uns “palavrões”.
Utilizando como base para analisar o vídeo de Abner o especialista utilizou como base os livros Emotions Revealed – de Paul ekman , Teling Lies – Paul Ekman e também o artigo científico: Crocodile Tears: Facoal, Verbal and Body Language Behaviours Associated With Genuine and Fabricated Remorse- basicamente um artigo que mostra os critérios que ocorrem, segundo a pesquisa de pessoas forjando um remorso, ou um choro se mostrando abaladas e chateadas, fazendo tudo isso de caso pensado, vamos analisar se o Abner traz algum comportamento que enquadra em processos emocionais genuínos de acordo com o artigo.
Primeira coisa que notei foi que Abner tem as alterações vocais que realmente podem ocorrer quando experienciamos tristeza genuína, segundo ponto de acordo com o estudo Crocodile Tears , quando a pessoa está com remorso verdadeiro quando for falar algo, ela vai apresentar um fluxo sem pausas longas, pode até pausar a fala para pegar mais ar e continuar verbalizando seu drama, no vídeo de Abner ele teve um comportamento bem similar a esse num fluxo sem pausas e outro ponto bem interessante citado no livro Emotions Revealed e o Corpo Fala. Basicamente num choro falso a tendência é a pessoa esconder o rosto, quando está fingindo abaixar a cabeça colocar as mãos cobrindo o rosto, mas o Abner não faz isso pelo contrário ele deixa a câmera apontada para sua face o tempo todo, enquanto relata a triste descoberta, mas calma lá, ainda não matamos a charada não, ainda não disse que ele estava chorando Genuinamente.

Segundo esse artigo, um dos critérios de alguém que pretende dissimular algo ela tem a reação de uma turbulenta de emoções, ou seja, a pessoa tenta forjar, mas ela não forja em uma intensidade aceitável, ela tenta forjar no extremo oposto que é chorar escancaradamente, BUAAAAAA coisa que o Abner Pinheiro faz! Outro ponto curioso é que tem uma tendência muito grande ali da pessoa entre ela transitar entre uma emoção negativa de tristeza e raiva por uma expressão neutra primeiro e depois ela ir para uma outra expressão, por exemplo, a pessoa está triste ai vai lembrando do“ filho” fica neutra e depois vai sorrir lembrando dele, agora se ela está; triste e com raiva! Triste, com raiva! Triste, raiva! Uma tendência maior é que ela esteja manipulando as suas próprias emoções, controlando, por assim dizer.
Temos mais um critério curioso também que é o fato de Abner Pinheiro ter uma resposta emocional muito longa, ele fica muito tempo com a expressão parada, na própria expressão de tristeza que ele faz, porem uma expressão facial tem um ápice pode entrar numa condição de macro expressão, mas geralmente conseguimos observar intensidade, ou seja, a expressão aperta ou desaparece, aperta desaparece, então é muito difícil onde você tem um caso onde a expressão facial de raiva ou tristeza fica e perdura na face, veja bem, não confundam isso; riso de nervoso e nem gargalhadas elas não têm nada a ver com uma micro expressão facial, isso é um processo macro facial de origem psicofisiológica que falaremos em outro post.

O último ponto neste caso muito curioso é o fato do Abner escolher se filmar, a gravação começa ele já está se filmando para contar a tragédia de não ser pai biológico de Apolo, depois tem um corte e já vai para uma outra gravação, um outro Stories isso significa que ele está desempenhando funções racionais, ele está dirigindo ao mesmo tempo que precisa selecionar o botão de gravar, parar a gravação fazer um corte, e voltar a gravar novamente, e processos emocionais genuínos raramente tem uma majoritária expressão do racional e sim do emocional e mais provável que se for gravar na hora da raiva e nervoso você derrube o celular se perca no focar a câmera na pausa enfim sem contar que o Abner começa o Stories dele já chorando, já está no meio da emoção, vamos supor tenha sido uma ração verdadeira, genuína, ele pode ter entrado no carro e começado a chorar e aí já pegar o celular para gravar, mas também existe uma estratégia de manipulação emocional chamada Autoindução, basicamente a pessoa fica forçando a pensar naquele sentimento até acabar trazendo aquela emoção e aí se ficar pensando ela aflora, não necessariamente estava sentindo aquela emoção, de forma bem resumida nossa conclusão, apesar do Abner demonstrar sinais emocionais com potencial concordância com situações de remorso genuínos segundo pesquisas, não há como comprovar se esse processo de tristeza dele não foi algo induzido, pois não vemos o momento inicial da emoção, além de Abner apresentar outras potenciais incongruências e erros faciais, além do fato de que algumas situações racionais foram observadas, geralmente situações de remorso emocional genuíno, o racional não é tão expressivo quanto o seu lado emocional.
E o comentário de hoje foi esse assim quando estiver com um chorão a sua frente lembre-se desses pontos. Obrigado e até o próximo post.
Link do vídeo no canal Metaforando : https://youtu.be/emaoiYY7mVY
Boa Pascoa! – Abraços – Transcrição – Equipe Metaforando.